quarta-feira, setembro 26, 2007

António Aleixo

Meu aspecto te enganou:
o que a gente é não se vê;
pergunta a outrem quem sou,
pois o que sou nem eu sei.

Os meus versos o que são?
Devem ser, se os não confundo,
pedaços do coração
que deixo cá neste mundo.

Não escolho os amigos à toa,
sempre temendo algum perigo:
primeiro, escolho a pessoa;
depois, escolho o amigo.

Diz tudo quanto quiseres,
mas eu, pr'a te ser sincero,
daquilo que tu disseres
só acredito no que quero.

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