As licenças prévias dadas pelo Ibama para as usinas do Rio Madeira significam: "Governo, faça o que quiser; só vou dar o nome de 'prévia' com algumas exigências para que depois ninguém diga que eu não avisei sobre os problemas." Afinal, quem vai fiscalizar as obras? As licenças prévias valem por 2 anos, nos quais, se as condições do Ibama não forem atendidas, será muito tarde para voltar atrás. Torçamos para que as condições sejam atendidas.
Concordo com Karen Suassuna, da área de energia da WWF, quando diz que a liberação das licenças, assim como a decisão de retomar a construção de Angra 3, mostra a prioridade dada pelo governo às obras grandes. "Fica claro que o governo prioriza grandes e polêmicas obras. Não se vê semelhante disposição para desburocratizar usinas de fontes renováveis, nem um plano mais audacioso de eficiência energética. (...) Dados de 2005 mostram que, só com biomassa de cana-de-açúcar, poderíamos gerar 8000 MW, o que já é uma hidrelétrica do Madeira. Hoje, entram na rede elétrica apenas 1500 MW de energia gerada a partir desta fonte."
O Brasil também tem capacidade para gerar 143 GW (várias vezes as usinas do Madeira) de energia eólica, mas o governo parece não saber disto.
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