Uma equipe internacional de astrônomos, combinando dados do telescópio orbital Chandra, da Nasa, e do telescópio de Mauna Kea, no Havaí, determinou que o buraco negro M33 X-7 tem uma massa 16 vezes maior que a do Sol, o que faz dele o mais pesado dos chamados buracos negros estelares – formados a partir do colapso do núcleo de uma estrela – conhecidos, e o torna também em um considerável quebra-cabeça para a teoria da evolução estelar.
“Essa descoberta levanta todo tipo de questionamento sobre como um buraco negro desse tamanho pode ter surgido”, disse o principal autor do artigo que descreve a descoberta, Jerome Orosz, da Universidade Estadual de San Diego, nos Estados Unidos.O trabalho foi publicado na edição desta semana da revista Nature.
O M33 X-7 orbita uma estrela companheira que eclipsa o buraco negro uma vez a cada três dias e meio. A companheira também tem massa incrivelmente alta: 70 massas solares.
“Essa descoberta levanta todo tipo de questionamento sobre como um buraco negro desse tamanho pode ter surgido”, disse o principal autor do artigo que descreve a descoberta, Jerome Orosz, da Universidade Estadual de San Diego, nos Estados Unidos.O trabalho foi publicado na edição desta semana da revista Nature.
O M33 X-7 orbita uma estrela companheira que eclipsa o buraco negro uma vez a cada três dias e meio. A companheira também tem massa incrivelmente alta: 70 massas solares.
FORA DA TEORIA
De acordo com os autores do trabalho, as propriedades do sistema de M33 X-7 – um buraco negro super pesado orbitando uma estrela super pesada, que um dia também será um buraco negro – são difíceis de explicar com base nas premissas teóricas atuais sobre a evolução das estrelas.
Com o tamanho que tem, o buraco negro deveria ter sido, antes de entrar em colapso, ainda maior que a atual estrela companheira.
Essa estrela teria um raio maior que o que separa o buraco negro da companheira, o que significa que as estrelas devem ter estado muito próximas, partilhando de uma atmosfera comum. Mas esse processo deveria ter expelido muita matéria do sistema, sem deixar o bastante para gerar um buraco negro tão pesado.
Antes de explodir, a estrela que originou o buraco negro deve ter eliminado apenas 10% do volume de gás previsto pelos modelos teóricos existentes hoje. (C.O. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
Publicado n'O Estado de São Paulo em 18/10/07.
Com o tamanho que tem, o buraco negro deveria ter sido, antes de entrar em colapso, ainda maior que a atual estrela companheira.
Essa estrela teria um raio maior que o que separa o buraco negro da companheira, o que significa que as estrelas devem ter estado muito próximas, partilhando de uma atmosfera comum. Mas esse processo deveria ter expelido muita matéria do sistema, sem deixar o bastante para gerar um buraco negro tão pesado.
Antes de explodir, a estrela que originou o buraco negro deve ter eliminado apenas 10% do volume de gás previsto pelos modelos teóricos existentes hoje. (C.O. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
Publicado n'O Estado de São Paulo em 18/10/07.
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